sábado, 17 de outubro de 2009

Outubro e seu perfume lilás ,

Por Juliana Portella

Outubro alegre, esplêndido outubro! O mês mais belo, o mês da juventude, do amor e do desejo, com seus serões tépidos, e um agradável perfume de lilás .. Eu estou adorando esse mês. No entanto, como sempre, esse mês não me trouxe nada mais do que um vago sonho de um amor platônico. Apesar disso, sinto-me atraída pelo flagrante do céu escuro e o desejo de me levar pelo vórtice dessas paixões. Este ano foi um ano decisivo para o meu caminho de vida. Projetei viver de um modo que eu julgava ser o correto, mas acabei conhecendo novos rumos e nada do que eu planejei tem dado muito certo. Queria arrumar um namorado até um pouco antes de entrar na faculdade, mas, o tempo passou e com esse só me trouxe romances casuais. Queria estudar tudo que eu não estudei durante toda a minha vida escolar, mas, só consigo estudar literatura. Achava que eu aproveitaria o ultimo ano escolar com os meus pseudoamigos, ledo engano o meu. Estou contando os dias para não ter que ver nunca mais alguns rostos! Neste ano alternaram-se dois estados de espírito, mas tanto um quanto outro, se baseiam num único e desenvolvidíssimo sentimento de ambição, que de coisas pequenas e simples chega até a vaidade. Tenho vontade de me tornar capaz. Mas para quê? Para esta vida, mas para ocupar nela um lugar destacado, de relevo. Ora, com especial vigor,desperta o corpo de uma moça de 18 anos amadurecida, sonhadora e por isso desejosa de divertir-se, esquecer esse mundo de fórmulas e problemas e, cancelando o " ainda é cedo". Ora, com o desejo de um mundo mais humano, mais pra todo mundo. E com a certeza de que esse futuro tão sonhado está em minhas mãos também. Neste ano deixei-me levar pavorosamente, tanto que já não consigo me obrigar a estudar, sempre tento fugir para algum lugar; sempre longe de mim mesma. Meu orgulho, ferido desde sempre, agora está em busca de uma satisfação qualquer que me incita em agradar a todo mundo, até mesmo àqueles que me são antipáticos. Eu amo escrever, nesse blog que só eu leio, mas acho que vou ficando por aqui. Volto logo.

domingo, 11 de outubro de 2009

E o que vai ficar na fotografia,

são os laços invisíveis que havia.
por Juliana Portella

Porque o sinal vai bater... e eu vou sentir saudades!Parece que foi ontem, que aquela menininha que lia capricho sonhou em ser professora. Lembro-me como se fosse ontem. Quando eu vesti pela primeira vez esse uniforme, e nem sabia, que vesti-lo por quatro anos me faria mais responsável, mais indignada, mais mulher, mais ética: mais humana. Ainda bem que eu não desisti quando apareceu o primeiro empecilho. E hoje, não consigo enchergar outra Juliana senão essa normalista, apaixonada pelo magistério, e com um sonho de mudar o mundo.
Uma das coisas que mais marcaram minha experiência no Instituto, foi a primeira aula de filosofia do 2º ano, com o Professor Luiz Fernandes. Acho qe ali eu aprendi a importância da filosofia.
E o Vitor, de longe a companhia que eu sentirei mais saudades. Desde o primeiro ano. No grêmio, nas festinhas...
... e agora, vivendo as últimas aulas, últimas reuniões do Grêmio tenho aquela sensação de querer aproveitar o máximo. O finalzinho que ainda está por vir, de um tempo que não voltará nunca mais.

E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz

O que vai ficar
na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras,
motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos

[ Fotografia - Leo Jaime / Leoni ]

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dúvidas

Por Juliana Portella

Já dizia Cecília Meireles,

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares


E , sinceramente eu não sei. Se saio correndo ou fico tranquila. Se arrisco ou abdico. Não sei o que fazer.. Dúvidas cruéis essas.

sábado, 3 de outubro de 2009

Noite de lembranças, vontades e versos.

Por Juliana Portella

Ninguém volta ao que não existe
Mas, o que não existiu foi tudo o que eu tive
Hoje tenho essa vontade
Que se tornou impecável na minha fantasia

Espero que saiba do que eu preciso
E que entenda meu sorriso entusiasmado e meu olhar indeciso
Que entenda também o que eu ainda vou te falar
E o meu silêncio saiba escutar

A idéia da noite perfeita
É só a fantasia desfeita
De tudo o que podia ter sido
Quero você para viver o que não foi vivido

E assim segue essa noite
Feita de desencontro e saudade
Tomada por desejos e vontade